Category: Municipio


Fonte: http://books.google.pt/books?id=ggUoAAAAYAAJ&pg=PA304&dq=arruda+dos+vinhos&lr=&as_brr=3#v=onepage&q&f=false

“A segurança, nas terras e nos mares, que gozou por séculos o Império Romano permitiu que a nova urbe, voltada para o Mar da Palha, se esparramasse pelas encostas, até à praia (onde se desenvolveram as actividades piscícola e portuária) e ao fundo dos vales, numa ocupação esparsa, pontuada pelas infra-estruturas que mais marcavam uma civilização: as termas, junto ao esteiro da Baixa, o Teatro na encosta do oppidum que olhava o Rio, a fortificação principal no cimo da colina original.

A partir deste núcleo organiza-se, na escala local, um espaço de apoio e directamente subordinado, que é mais densamente ocupado, constituindo a um tempo uma reserva e parte não despicienda da base económica da já baptizada Olisipo. Esse território constituirá o vasto município, que pela sua importância e “romanidade”, vai gozar o privilégio de ser regido pelo mesmo direito do município de Roma.

A primeira unidade administrativa que se cria na área de Lisboa, abrangia, o que hoje corresponde aos concelhos de Lisboa, Amadora e Loures, e partes dos concelhos de Oeiras, Sintra, Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira. Espaço que vai ao longo de séculos construindo uma identidade original, incorporando novos contributos culturais, em que se destacam o dos muçulmanos que aí difundiram inovações e constituíram, da primeira metade do século VIII até à Reconquista Cristã de meados do século XII, uma típica comunidade agrária peri-urbana: os saloios, que progressivamente se difundiram para lá dos limites do município Romano, mas que tiveram neste o seu pólo original.”

Fonte: http://www.ub.es/geocrit/sv-37.htm