Um dos problemas centrais da história de Portugal e de Espanha continua a ser o de compreender como, depois de desempenharem um papel pioneiro, vieram a perdê-lo durante o processo de transição do capitalismo mercantil para o capitalismo industrial na Europa, acompanhando tais modificações com extrema dificuldade.».
Efectivamente assim foi. Todavia, como observa Jorge Pedreira não deixando de ir ao encontro da opinião da citada autora, naquilo que respeita aos nossos atrasos de ordem económica «em meados de Setecentos perecem, portanto ligeiros, são estreitas as distâncias entre os níveis de desenvolvimento e de bem-estar dos diversos países ou regiões da Europa».
No período agora tratado, em Alenquer e no seu termo, assinala-se a existência das seguintes actividades manufactureiras: Saboarias, uma longa tradição artesanal que remonta à Idade Média. Segundo João Pedro Ferro «existia fabricação e venda de sabão preto em Alenquer, Arruda, Aldeia Galega, Óbidos e Atouguia, cujo monopólio foi concedido no início do século XV a Gomes Dias de Góis (…) por sua morte passou a seu filho, Lopo Dias a ele sucedendo também o filho, Rui Dias de Góis, pai de Damião de Góis.»
Fonte: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3559/9/ulfl082022_10_tm_industria.pdf