Arruda dos Vinhos é um dos municípios mais antigos do País, tendo recebido foral de D. Afonso Henriques em 1172. No mesmo ano, e por doação do mesmo monarca, confirmada por D. Sancho l, em 1186, o Castelo de Arruda dos Vinhos passou a pertencer à Ordem de Saint’Iago.
Treze anos antes de morrer, D. Afonso Henriques outorga carta de foral a Arruda. A Ordem de Saint’Iago foi senhora da vila e do castelo. No sítio do Vilar foi instituída a primeira residência das Comendadeiras de Saint’Iago, mosteiro onde viviam como leigas as mulheres dos cavaleiros que andavam em contínuas batalhas. Foram estas comendadeiras que mais tarde, no reinado de D. Sancho, vieram instalar-se em Lisboa, no Mosteiro de Santos-o-Velho, passando no reinado de D. João ll, para Santos-o-Novo.
As Linhas de Torres Vedras passavam por aqui e, ao olhar para as escarpas aproveitadas como defesa, compreende-se bem a genialidade da construção desta fortificação militar.
Origem do nome:
«Xavier Fernandes em Topónimos e Gentílicos (1944)»: “Designação composta de elementos vegetais, isto é, do substantivo comum arruda – determinada planta que, provavelmente apareceu com abundância no local – e do determinativo – dos vinhos, talvez por característica da principal cultura”.
«A. V. R. do Folheto Arruda dos Vinhos, editor Camacho Pereira – Abril de 1955»: “Da origem do nome de Arruda, o distinto etimologista e etólogo Mário Guedes Real, num interessante estudo intitulado “toponímia Árabe da Estremadura”, referindo-se aos numerosos termos de nomenclatura de povoações, que, como reminiscências do domínio muçulmano, se encontram nos dois países ibéricos, e entre outros, aqueles que têm base a flora indígena, escreveu o seguinte:” Arruda (dos Vinhos) é nome comum latino (ruta, ae) tornado próprio arabizado, pela anteposição do artigo definido árabe “al”, cujo “l” se assimilou ao “r” inicial do substantivo por ser a última letra “solar”. A forma latina árabe seria, portanto, ar-ruta, a arruda”.
Fonte: http://www.caestamosnos.org/Tematicas_1/Distritos_Concelhos_Portugal_Lisboa.htm