Archive for Setembro, 2007


História de Arruda dos Vinhos

Arruda dos Vinhos é um dos municípios mais antigos do País, tendo recebido foral de D. Afonso Henriques em 1172. No mesmo ano, e por doação do mesmo monarca, confirmada por D. Sancho l, em 1186, o Castelo de Arruda dos Vinhos passou a pertencer à Ordem de Saint’Iago.

Treze anos antes de morrer, D. Afonso Henriques outorga carta de foral a Arruda. A Ordem de Saint’Iago foi senhora da vila e do castelo. No sítio do Vilar foi instituída a primeira residência das Comendadeiras de Saint’Iago, mosteiro onde viviam como leigas as mulheres dos cavaleiros que andavam em contínuas batalhas. Foram estas comendadeiras que mais tarde, no reinado de D. Sancho, vieram instalar-se em Lisboa, no Mosteiro de Santos-o-Velho, passando no reinado de D. João ll, para Santos-o-Novo.

As Linhas de Torres Vedras passavam por aqui e, ao olhar para as escarpas aproveitadas como defesa, compreende-se bem a genialidade da construção desta fortificação militar.

Origem do nome:

«Xavier Fernandes em Topónimos e Gentílicos (1944)»: “Designação composta de elementos vegetais, isto é, do substantivo comum arruda – determinada planta que, provavelmente apareceu com abundância no local – e do determinativo – dos vinhos, talvez por característica da principal cultura”.

«A. V. R. do Folheto Arruda dos Vinhos, editor Camacho Pereira – Abril de 1955»: “Da origem do nome de Arruda, o distinto etimologista e etólogo Mário Guedes Real, num interessante estudo intitulado “toponímia Árabe da Estremadura”, referindo-se aos numerosos termos de nomenclatura de povoações, que, como reminiscências do domínio muçulmano, se encontram nos dois países ibéricos, e entre outros, aqueles que têm base a flora indígena, escreveu o seguinte:” Arruda (dos Vinhos) é nome comum latino (ruta, ae) tornado próprio arabizado, pela anteposição do artigo definido árabe “al”, cujo “l” se assimilou ao “r” inicial do substantivo por ser a última letra “solar”. A forma latina árabe seria, portanto, ar-ruta, a arruda”.

Fonte: http://www.caestamosnos.org/Tematicas_1/Distritos_Concelhos_Portugal_Lisboa.htm

“A segurança, nas terras e nos mares, que gozou por séculos o Império Romano permitiu que a nova urbe, voltada para o Mar da Palha, se esparramasse pelas encostas, até à praia (onde se desenvolveram as actividades piscícola e portuária) e ao fundo dos vales, numa ocupação esparsa, pontuada pelas infra-estruturas que mais marcavam uma civilização: as termas, junto ao esteiro da Baixa, o Teatro na encosta do oppidum que olhava o Rio, a fortificação principal no cimo da colina original.

A partir deste núcleo organiza-se, na escala local, um espaço de apoio e directamente subordinado, que é mais densamente ocupado, constituindo a um tempo uma reserva e parte não despicienda da base económica da já baptizada Olisipo. Esse território constituirá o vasto município, que pela sua importância e “romanidade”, vai gozar o privilégio de ser regido pelo mesmo direito do município de Roma.

A primeira unidade administrativa que se cria na área de Lisboa, abrangia, o que hoje corresponde aos concelhos de Lisboa, Amadora e Loures, e partes dos concelhos de Oeiras, Sintra, Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira. Espaço que vai ao longo de séculos construindo uma identidade original, incorporando novos contributos culturais, em que se destacam o dos muçulmanos que aí difundiram inovações e constituíram, da primeira metade do século VIII até à Reconquista Cristã de meados do século XII, uma típica comunidade agrária peri-urbana: os saloios, que progressivamente se difundiram para lá dos limites do município Romano, mas que tiveram neste o seu pólo original.”

Fonte: http://www.ub.es/geocrit/sv-37.htm

A história da família Sousa

“V – o décimo segundo neto, Tomé de Souza [- 28.01.1579], Veador da Casa Real. Serviu na África, sendo capitão D. João Coutinho, e se achou na batalha de Alcacerquibir, tomando cinqüenta cavalos. Depois no ano de 1535, passou à Índia por Capitão da Nau Conceição; e voltando a Portugal, foi nomeado 1.º Governador Geral do Brasil, para onde embarcou em 01.02.1549. «Para comandar aquela esquadra, fundar a nova cidade, e governar a província, foi nomeado Tomé de Sousa, fidalgo honrado, que tendo militado na Ásia, e na África, e servindo a mordomia-mor de el-rei D. João III se dera a conhecer por muito digno dos cargos: e passando de Lisboa no dia primeiro de fevereiro de 1549 com a patente de capitão-general do Brasil, chegou a 29 de março seguinte ao porto da Bahia, em cuja terra aprazível foi lançado os alicerces para o estabelecimento ordenado, que dedicou a S. Salvador. Tendo governado até o mês de julho de 1553, regressou à Corte, onde o esperava o provimento de vedor da Casa de el-rei, e da Fazenda, cujo cargo ocupou também no reinado de el-rei Dom Sebastião; e foi comendador de Rates, e da Arruda ma Ordem de Cristo» (Monsenhor Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro,

VIII, 13). Retornando a Portugal, D. João III, o fez Veador da sua casa e da Fazenda. Comendador de Rates e da Arruda, na Ordem de Cristo. Achando-se velho, obteve para seu genro o lugar de Veador da Casa Real, e se retirou a viver em sua Quinta. Primo legítimo de Martim Afonso de Souza, donatário de São Vicente, e de Pero Lopes de Souza, donatário de Itamaracá. Com geração;”

Fonte: http://o_souza.sites.uol.com.br/historia.htm

O antigo deputado socialista e professor universitário Casimiro Ramos defende, na tese de doutoramento, que as empresas municipais no país dão prejuízo, são financiadas de forma «pouco transparente» e estão sujeitas à vontade política.A tese, que obteve quarta-feira distinção máxima na Universidade de Sevilha e a que a agência Lusa teve acesso, baseia-se na recolha de dados, com base em inquéritos efectuados às empresas municipais (EM), tendo como amostra 41 das 63 existentes entre 2002 e 2004.

Segundo o estudo, em 2004, 40 por cento do universo de EM tiveram prejuízos, sendo que em 15 por cento as dificuldades financeiras ocorreram consecutivamente nos três anos que foram alvo do estudo, pelo que, conclui o investigador, «os níveis de rentabilidade do capital próprio e das vendas são significativamente reduzidos, existindo casos de clara falência técnica».

Para contornar a situação, a maioria das EM recorrem aos «subsídios que a Câmara transfere» ou a «contratos especiais de prestação de serviços em que o cliente da EM é a própria Câmara», o que para o investigador e ex-vereador de Arruda dos Vinhos é «uma forma pouco transparente de financiar» as empresas.

O estudo adianta também que «as EM estão instrumentalizadas pelos executivos camarários e pelos partidos políticos para o alcance de fins relacionados com programas eleitorais e planos de actividades das Câmaras Municipais».

A tese demonstra que as EM são geridas maioritariamente por autarcas ou por pessoas indicadas pelos partidos políticos: 62 por cento dos presidentes do conselho de administração são autarcas e, desses, mais de metade são presidentes de câmara (31 pc no caso do PSD; 26 pc são socialistas, três pc da CDU e 39 pc pertencem a outros).

Constata-se ainda que em 20 por cento das EM, 60 por cento dos membros do conselho de administração são cumulativamente autarcas e em 56 por cento os cargos desempenhados são remunerados, sendo que em 20 por cento das situações o salário é acumulado com a remuneração de autarca.

Face aos dados, Casimiro Ramos, especialista em gestão estratégica, defende que as EM «defraudam as expectativas e o seu funcionamento pouco transparente não é abonatório para a imagem da administração local».

Para Casimiro Ramos, a «solução a curto prazo passa por introduzir regras que tragam transparência ao modelo de gestão [das EM] para termos uma gestão mais eficiente, ou serão extintas ou serão privatizadas e deixam de prestar um serviço público».

Casimiro Ramos é professor universitário de marketing no IADE- Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, em Lisboa, foi deputado na Arruda dos Vinhos, concelho onde é desde 2005 membro da Assembleia Municipal.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=295746

“De 16 a 22 de Setembro assinala-se, em toda a Europa, a Semana Europeia da Mobilidade, este ano sob o tema “Melhores ruas para todos”. O seu objectivo é facilitar um debate alargado sobre a necessidade de mudanças de comportamentos em relação à mobilidade, especificamente no que se refere à utilização do automóvel particular.

Em Arruda dos Vinhos esta iniciativa será assinalada no dia 21 de Setembro, Sexta-feira.

Pelas 10.00h terá lugar o Hastear da Bandeira – Vila com Mobilidade – na Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos a que se seguirá a visita à zona pedonal do Complexo Escolar de Arruda dos Vinhos – Ligação entre a Av. Eng.º Adriano Brito da Conceição e a Rua Luís de Camões.

Pelas 10.30h ocorrerão as visitas às obras em curso na zona do Cerrado e Fontaínhas (abertura de novos acessos e mitigação de barreiras físicas) e à zona da futura intervenção pedonal da Rua Cândido dos Reis.”

“No termo de Lisboa, os moradores de Sintra — como os de outros lugares nas mesmas circunstâncias geográficas – eram por vezes chamados a participar em obras da iniciativa régia na capital: foi o que aconteceu em 1373 quando o rei D. Fernando I decidiu amuralhar a cidade e «(…) mandou que servissem em ella por corpos ou por dinheiro, pera ser à pressa cercadada, estes seguintes lugares, a saber: da parte do mar, Almada, Sesimbra, Palmela, e Setúbal, Coina, e Benavente, e Samora Correia e todo Ribatejo; e da pane da terra, Sintra, Cascais, e Torres Vedras, e Alenquer, e a Arruda, e a Atouguia, e a Lourinhã, Telheiros, e Mafra (…)» (Fernão Lopes, Crónica de D. Fernando, cap. LXXXVIII).”
Fonte: http://www.cm-sintra.pt/Artigo.aspx?ID=3383

Factos políticos

“21 de Janeiro de 1976 

Confrontos no Rossio entre a polícia e populares por causa da greve do comércio retalhista.

Violência anticomunista

Bombas em Mértola, Santo Tirso, Porto, Arruda dos Vinhos, Seia, Gouveia, Braga, Lisboa, S. Martinho do Porto e Braga.”

Fonte: http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/cronologias/1976.htm

“Acerca do topónimo ARRANHÓ pouco se sabe, já que não é vocábulo derivado do latim, nem se vislumbram nele prefixações de origem árabe ou de qualquer outra língua conhecida. No entanto, uma tradição oral com mais de cento e cinquenta anos refere que a palavra teria provindo do português quinhentista ARRANHOU, vocábulo que em termos semânticos teria tido a sua proveniência no episódio concreto de alguém se ter arranhado numa das agrestes espécies vegetais que, outrora, predominavam nas imediações do actual agregado populacional.

Sendo sede de freguesia do mesmo nome e a segunda maior do Concelho de Arruda dos Vinhos , quer em área geográfica quer em densidade populacional, foi Arranhó dotada, já no longínquo ano de 1504, de uma capela própria, autónoma, onde o culto era seguido e praticado por todos os fieis residentes na região. Tal construção deveu-se à piedade e à benfeitoria de D. Catherina Annes, mulher de Affonso de Athayde Lourenço, fidalgo que foi da corte de D. Manuel I.

Possuidora, no então pequeno burgo de ARRANHOU(?), de casa senhorial e de vastas terras de pão e vinho, este nobre, profundo devoto do diácono e mártir de São Lourenço, escolheu-o para orago da nova capela, tendo-se conservado, este santo, como padroeiro da freguesia até aos dias de hoje.

Sua mulher, possuidora de profunda religiosidade e caridade cristã, ordenou que todos os anos se rezasse uma missa e se cantasse outra na capela, de que havia sido fundadora e benfeitora, tendo também mandado que se distribuísse pão cozido e um almude de vinho, a quem àquelas missas assistisse. Tal é a notícia que nos transmite a lápide existente na capela, hoje tornada Igreja Matriz da freguesia de Arranhó. O templo, de uma só nave e de média dimensão, sofreu mais tarde os efeitos perniciosos do terramoto de 1755, tendo sido rapidamente reconstruída a parte afectada, conforme se pode ler numa inscrição no coro da capela.

Em 3 de Janeiro de 1584, o Bispo Atropolinado de Lisboa, D. Jorge, concede a Arranhó o alvará de “Parochia“, ficando a mesma com obrigação de, anualmente, pagar ao Bispo de Lisboa 30 alqueires de trigo ou o equivalente em outros cereais.

Consta que, na deslocação da Corte do Rei Venturoso, de Lisboa para Arruda, onde este se veio refugiar de uma peste que, ao tempo, grassava na capital, o monarca terá parado em Arranhó, em cuja capela rezou.

Do século XVI ao século XVIII, nada se sabe de concreto sobre a localidade, com a excepção de que continuou a ser uma pacata aldeia, cujas gentes trabalhavam o campo. No século XIX, porque confina e se encontra intimamente ligada à região saloia, Arranhó contribuiu, em escala muito razoável, para o abastecimento de produtos agrícolas, à cidade de Lisboa.

Por esta época, era grande proprietário, na freguesia, José Falcão de Gamboa Encerrabodes, “Barão de Arruda, Par do Reino, Capitão-Mor da Vila d’Arruda” (1778-1870), cujos domínios agrícolas se estendiam até às orlas da povoação e que foi o maior empregador de mão de obra na aldeia.

Berço da escritora e grande pedagoga contemporânea, Irene Lisboa, a freguesia possui ainda antecedentes arqueológicos da idade do cobre e é detentora, nos tempos que correm, de um dos mais volumosos pesos económicos do concelho de Arruda dos Vinhos.”

Fonte: http://pcp.pt/ar/legis-7/projlei/pjl279.html

A Câmara Municipal lançou uma campanha de angariação de fundos para restaurar pintura antiga da Lourinhã. São 31 quadros a necessitar de uma intervenção urgente de restauro. Como parceiros da autarquia encontram-se a Santa Casa da Misericórdia, possuidora da maioria das obras, a Paróquia da Lourinhã, a Confraria de N. S.ª dos Anjos e o Museu do GEAL.

A inventariação das pinturas foi feita pela historiadora de arte, Sandra Boavida (do concelho da Lourinhã), assim como o levantamento dos custos de restauro que ascendem a 88.541,75 Euros, obra a ser executada pelo Instituto José de Figueiredo.

De facto, a Lourinhã tem um dos maiores espólios de pintura antiga, se exceptuarmos a dos museus nacionais. São trabalhos dos seguintes pintores: Mestre da Lourinhã, Lourenço de Salzedo, Diogo Teixeira, Mestre da Arruda, Josefa de Óbidos e de seu pai, Baltasar Gomes Figueira.
A nossa escola tem vindo a proporcionar aos alunos visitas de estudo regulares a estes espaços, no âmbito dos programas curriculares e tem testemunhado a necessidade de algumas intervenções urgentes neste domínio, como se pode ver pelo estado da pintura de uma das capelas-oratórios (no muro da Quinta de St.ª Catarina).

Daí que queremos manifestar o nosso apreço por esta iniciativa de defesa e preservação do património. As instituições em causa não têm fundos suficientes, pelo que o nosso contributo é fundamental. Os donativos são entregues na tesouraria da Câmara Municipal e deles serão passados recibos para efeitos de IRS, no âmbito da Lei do Mecenato.

Fonte: http://historialourinha.blogspot.com/2007_04_01_archive.html

“Denominação dada ao autor desconhecido de uma série de pinturas do século XVI.

Calcula-se que este mestre tenha estado profissionalmente activo entre 1500 e 1540 e pela análise das suas obras chegaram certos historiadores, como Reynaldo dos Santos e Luís Reis-Santos, a colocar a hipótese de ser de origem flamenga, como foi o caso de bastantes outros artistas desta época.

Luís Reis-Santos foi de facto o primeiro historiador a dedicar-se ao estudo das pinturas deste mestre (e o que propôs o nome que o identifica), a partir de duas chamadas São João Baptista no Deserto e São João Evangelista em Patmos (c. 1515) que se encontram na Santa Casa da Misericórdia da Lourinhã.

Estas duas pinturas tinham sido oferecidas pela segunda mulher do rei D. Manuel, a rainha D. Maria, a um mosteiro de monges jerónimos existente na ilha Berlenga, e quando este se extinguiu foram levadas para o Mosteiro de Vale Benfeito (em Peniche) e, posteriormente, para a dita Misericórdia.

Algumas das demais obras atribuídas ao Mestre da Lourinhã encontram-se no Museu Nacional de Arte Antiga (oito pinturas sobre madeira – entre as quais Cristo envia S. João e S. Tiago em Missão Apostólica e S. Tiago e Hermógenes -, que pertenceram presumivelmente ao Mosteiro de Palmela, o Tríptico dos Infantes e o Pentecostes), na Sé do Funchal (um retábulo datado de cerca de 1510/1515, encomendado por D. Manuel), na igreja do santuário do Cabo Espichel, na igreja Matriz de Arruda dos Vinhos, na de Cascais, na Fundação Ricardo Espírito Santo (A Virgem e o Menino) e no Museu de Beja.

O conjunto das pinturas que lhe são atribuídas destacam-se pelo marcado estilo próprio do autor, que não se limitaria a copiar nem faria parte de uma oficina, e pelo avanço técnico e estilístico em relação à época perante o que se fazia em Portugal. Entre várias hipóteses colocou-se a de este personagem ser o pintor Álvaro Pires, uma vez que também executava magistralmente obras encomendadas pelo rei e seus familiares e se encontram semelhanças no que se refere à execução pictórica.”

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mestre_da_Lourinh%C3%A3